Brechó - Uma Tendência

Brechó é uma tendência de mercado.

Além da percepção de que é possível fazer dinheiro com aquilo que antes era encostado, o preconceito com a moda reaproveitada também diminuiu. Celebridades, pelo mundo, fazem pose para revistas, exibindo looks de brechó. Isso contribuiu, e muito, para expandir o movimento pró-reutilização de roupas. A atriz Julia Roberts, por exemplo, já recebeu um Oscar trajando um Valentino de segunda mão.

Na Europa e nos Estados Unidos houve uma diminuição no preconceito em relação ao uso de peças de segunda mão. A maioria dos frequentadores de brechós não são "escravos" das tendências da moda, mas se preocupam bastante com a forma que se vestem e assumem um estilo próprio. As brasileiras demoraram um pouco a perder o preconceito com artigos de segunda mão, e perceberam que garimpar peças nos brechós se tornou uma ótima e divertida maneira de renovar o guarda-roupa com boas marcas e um preço bem mais baixo do que quando a peça estava novinha em uma loja.   

Brechó é uma tendência sustentável de reaproveitamento de materiais, sustentabilidade, responsabilidade ambiental e consumo consciente.

Se você, só de ouvir o nome, já torce o nariz, nunca pisou num brechó ou bazar por preconceito, com medo de se deparar com mofo e cheiro de naftalina, acha que nesses lugares só tem coisas velhas, quebradas ou de pessoas falecidas, está na hora de rever os seus conceitos e fazer uma visita "sem compromisso" a um brechó. Você vai se surpreender com as boas peças que encontrará nesses lugares.

Eu passei por essa experiência. Tinha o pensamento de que brechó e bazar eram lugares onde os familiares de pessoas falecidas descartavam os bens dos entes queridos. Até que um dia, não tinha nada para fazer na hora do almoço, resolvi visitar um brechó "sem compromisso". Confesso que não foi tão ruim e que encontrei coisas interessantes, mas torci o nariz para peças mais pessoais como roupas, calçados ou mesmo bolsas. As visitas "sem compromisso" se tornaram "passadinhas" mais constantes para ver as novidades, até o dia em que me encantei com uma bolsa única, fofa e por um preço "mara" e percebi que nesses lugares tem de tudo e que garimpando podemos encontrar peças únicas. Desde então as "passadinhas" deram lugar a "frequência assídua" (e aquisições também) e, obviamente, nesses dias, eu trocava o almoço por um lanche bem rapidinho. Afinal de contas uma hora não é nada nesses lugares.

O "barato" disso tudo é garimpar até encontrar uma peça incrível, bem diferente. No acervo de peças antigas e usadas, é possível encontrar achados e criar produções únicas. O sucesso dos brechós é justamente o diferencial das peças vendidas.

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